Diretores

Aly Muritiba

Nasceu em Mairi, Bahia, em 1979. Diretor e roteirista, realizou curtas como “A Fábrica” (2011), “Pátio” (2013) e “Tarântula” (2015). Entre seus longas estão “Para Minha Amada Morta” (2015, 39ª Mostra) “Ferrugem” (2018), “Irmãos Freitas” (2019, 43ª Mostra), codirigido com Sérgio Machado, e “Deserto Particular” (2021, 45ª Mostra), premiado no Festival de Veneza e escolhido como representante do Brasil no Oscar de melhor filme internacional. Seus trabalhos também foram apresentados em festivais como os de Sundance, San Sebastián e Cannes. Para a TV e plataformas de streaming, Muritiba assinou a direção de episódios de séries como “O Hipnotizador”, “Carcereiros”, “Irmãos Freitas”, “Irmandade”, “O Caso Evandro”, “Cangaço Novo” e “Cidade de Deus: A Luta Não Para”.

Bárbara Paz

Nasceu no Rio Grande do Sul em 1974. Formou-se pela Escola de Teatro Macunaíma e pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT), coordenado pelo diretor Antunes Filho. Atriz de teatro, cinema e televisão, protagonizou espetáculos como Hell e Vênus em Visom, ambos com direção de Hector Babenco. Também atuou no curta Produto Descartável (2003), pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz em Gramado, e nos longas Se Puder... Dirija (2013), Gata Velha Ainda Mia (2014) e Meu Amigo Hindu (2015, 39ª Mostra). Dirigiu os curtas Making of Meu Amigo Hindu (2015, 39ª Mostra) e Conversa com Ele (2018, 42ª Mostra). eu primeiro longa-metragem como diretora, Babenco - Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, venceu o prêmio de melhor documentário no Festival de Veneza.

Denis Côté

Nasceu em New Brunswick, no Canadá, em 1973. Após estudar cinema, realizou diversos curtas-metragens e trabalhou como crítico. Em 2005, estreou na direção de longas com “Os Estados Nórdicos”, que venceu o Leopardo de Ouro na competição de vídeo do Festival de Locarno. Entre os trabalhos de Côté, estão obras como “Elle Veut le Chaos” (2008) e “Ondulações” (2010, 34ª Mostra), ambos vencedores do prêmio de direção em Locarno; “Vic+Flo Viram um Urso” (2013), ganhador do prêmio Alfred Bauer em Berlim; “Boris sans Béatrice” (2016), “Antologia da Cidade Fantasma” (2019), “Higiene Social” (2021, 45ª Mostra), vencedor do prêmio de melhor direção da seção Encontros do Festival de Berlim, e “That Kind of Summer” (2022, 46ª Mostra).

Felipe Gómez Aparicio

Felipe Gomez Aparicio nasceu em 1977, em Buenos Aires, Argentina. Formou-se em produção cinematográfica no Centro de Pesquisas Cinematográficas (CIC). Dirigiu peças publicitárias para muitas das principais produtoras do mundo, tornando-se rapidamente um dos principais diretores de publicidade de seu país e ganhando o reconhecimento como o 13º diretor mais premiado pelo The Gunn Report, uma lista global abrangente dos principais talentos da publicidade. Seu trabalho recebeu vários prêmios internacionais, incluindo vários Cannes Lions, Clio Awards, Epica Awards, o prêmio El Diente do Círculo criativo argentino, Anúncio do ano no YouTube e o prêmio Martín Fierro, entre outros.

Hoje, Felipe divide seu tempo entre Madri e Buenos Aires, e sua rotina lhe dá o privilégio de filmar em cidades distantes e entre diferentes culturas, formando constantemente laços preciosos e tendo experiências que certamente farão parte das histórias de seus próximos filmes.

O Perfeito David é o seu primeiro longa-metragem. O filme fez sua esteia mundial no Festival de Cinema de Tribeca.

Hector Babenco

Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1946, e naturalizou-se brasileiro em 1970. Dirigiu os filmes: “O Rei da Noite” (1975, 45a Mostra), “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” (1977), ganhador do prêmio do público da 1ª Mostra e reexibido na 40ª Mostra, “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1981, 18ª Mostra), “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985, 9ª Mostra), pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor diretor, “Ironweed” (1987), indicado ao Oscar de melhor ator e melhor atriz, “Brincando nos Campos do Senhor” (1991), “Coração Iluminado” (1996), “Carandiru: O Filme” (2003), “O Passado” (2007, título que abriu a 31ª Mostra), “O Homem que Roubou um Pato”, episódio do longa “Falando com Deuses” (2014, 38ª Mostra), e “Meu Amigo Hindu” (2015), longa de abertura da 39ª Mostra. Ganhou o Prêmio Leon Cakoff na 37ª Mostra, em reconhecimento à sua carreira. Morreu na cidade de São Paulo, aos 70 anos, em 2016.

Hong Sang-soo

Nasceu em Seul, Coreia do Sul, em 1960. Em 1996, lançou seu primeiro longa-metragem, “O Dia em que o Porco Caiu no Poço”, premiado como melhor filme no Festival de Roterdã. Entre seus principais trabalhos estão: “A Virgem Desnudada por Seus Celibatários” (2000), “A Mulher É o Futuro do Homem” (2004), “Conto de Cinema’ (2005, 38ª Mostra), “Hahaha” (2010), vencedor da seção Um Certo Olhar do Festival de Cannes, “O Dia em que Ele Chegar” (2011, 35ª Mostra), “A Visitante Francesa” (2012), “Filha de Ninguém” (2013), “Certo Agora, Errado Antes” (2015), ganhador do Leopardo de Ouro do Festival de Locarno, e “Você e os Seus” (2016), melhor direção no Festival de San Sebastián. Dele, a Mostra ainda exibiu “O Dia Depois” (2017), “Silvestre” e “O Hotel às Margens do Rio”, ambos de 2018, “A Mulher que Fugiu” (2020), prêmio de melhor direção no Festival de Berlim, “Encontros” (2021), vencedor do prêmio de melhor roteiro também no festival alemão, “O Filme da Escritora” (2022), ganhador do grande prêmio do júri no Festival de Berlim, “Em Nossos Dias” (2023) e “Na Água” (2023).

Karim Aïnouz

Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1966. Graduou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade de Brasília e tem mestrado em teoria e história do cinema pela Universidade de Nova York. Nos anos 2000, colaborou em roteiros de filmes como Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles, Cinema, Aspirina e Urubus (2005, 30ª Mostra), de Marcelo Gomes, e Cidade Baixa (2005, 29ª Mostra), de Sérgio Machado. Estreou na direção de longas em 2002 com Madame Satã, exibido na 26ª Mostra. Realizou ainda O Céu de Suely (2006, 30ª Mostra), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009), em parceria com Marcelo Gomes, O Abismo Prateado (2011), Praia do Futuro (2014), THF: Aeroporto Central (2018, 42ª Mostra) e A Vida Invisível (2019, 43ª Mostra), vencedor da seção Um Certo Olhar no Festival de Cannes.

Mahamat-Saleh Haroun

Nasceu em Abéché, na República do Chade, em 1960. Em 1982, migrou para Paris para começar sua carreira como jornalista e cineasta. Cursou o Conservatoire Libre du Cinéma Français e estudou jornalismo em Bordeaux. Trabalhou como jornalista antes de dirigir seu curta-metragem de estreia, Maral Tanié (1994). Seu primeiro longa, Bye-Bye Africa (1999), venceu o prêmio de melhor filme estreante no Festival de Veneza. Também dirigiu Abouna, Notre Père (2002) e Estação Seca (2006, 31ª Mostra), vencedor do Prêmio Especial do Júri em Veneza. Seu quarto longa-metragem, Um Homem que Grita (2010), recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes. O filme foi exibido na 34ª Mostra, onde o diretor foi homenageado com o Prêmio Humanidade em reconhecimento de sua luta política e estética pelo cinema de seu país, que até o início de 2011 não possuía nenhuma sala de exibição. Graças à pressão e prestígio do diretor, o governo do Chade restaurou o Normandie, um antigo cinema em ruínas reinaugurado na capital N’Djamena. Haroun também foi membro do Júri Internacional da 35a Mostra. Realizou ainda Grigris (2013, 37ª Mostra) e Uma Temporada na França (2017).

Marco Bellocchio

Nasceu na província de Piacenza, na Itália, em 1939. Teve educação católica na adolescência e, no final da década de 1950, ingressou no Centro Sperimentale di Cinematografia, em Roma. Um dos maiores realizadores da história do cinema italiano, estreou na direção de longas-metragens com o aclamado clássico “De Punhos Cerrados” (1965, 30ª Mostra). Dirigiu também “A China Está Perto” (1967, 30ª Mostra), “Salto no Vazio” (1980, 4ª Mostra), “Olhos na Boca” (1982), “Diabo no Corpo” (1986), “O Processo do Desejo” (1991), “A Hora da Religião” (2002), “Bom Dia, Noite” (2003), “Vencer” (2009, 33a Mostra), “Irmãs Jamais” (2010, 35ª Mostra) e “A Bela que Dorme” (2012, prêmio da crítica da 36a Mostra). Teve seu trabalho premiado em festivais como os de Cannes, Veneza, Berlim e Locarno. Na 40ª Mostra, em 2016, apresentou os filmes mais significativos de sua trajetória, assinou o cartaz da edição e recebeu o prêmio Leon Cakoff. A seguir, realizou obras como “Sangue do Meu Sangue” (2015), “Belos Sonhos” (2016), “O Traidor” (2019), “Marx Pode Esperar” (2021, 45ª Mostra), e “Noite Exterior” (2022), que venceu o prêmio da crítica de melhor filme internacional na 46ª Mostra.

Pedro Almodóvar

Cineasta espanhol mais importante desde Buñuel, Pedro Almodóvar nasceu na cidade de Calzada de Calatrava em 1949. Assinou a arte do pôster da 38ª Mostra, edição do evento que realizou uma homenagem ao diretor com uma retrospectiva de seus filmes. Entre suas principais obras estão Maus Hábitos (1983); Que Fiz Eu para Merecer Isto? (1984); Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), premiado como melhor roteiro no Festival de Veneza; A Lei do Desejo (1987); Ata-me (1989); A Flor do Meu Segredo (1995); Tudo sobre Minha Mãe (1999), vencedor do prêmio de direção no Festival de Cannes e do Oscar de melhor filme em língua estrangeira; Fale com Ela (2002), pelo qual recebeu o Oscar de roteiro original; Volver (2006), melhor roteiro em Cannes; A Pele que Habito (2011) e Dor e Glória (2019). 

Radu Jude

Nasceu na Romênia em 1977. Formou-se no departamento de produção de vídeos da Universidade de Mídia de Bucareste. Em 2009, estreou na direção de longas com “The Happiest Girl in the World”. Dele, a Mostra exibiu “Aferim!” (2015), vencedor do Urso de Prata de melhor direção do Festival de Berlim, “Corações Cicatrizados” (2016), que recebeu o prêmio especial do júri no Festival de Locarno, “Eu Não Me Importo se Entrarmos para a História como Bárbaros” (2018), ganhador do prêmio de melhor filme no Festival de Karlovy Vary, “A Saída dos Trens” (2020), “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental” (2021), vencedor do Urso de Ouro da Berlinale, e “Não Espere Muito do Fim do Mundo” (2023), que recebeu o prêmio especial do júri em Locarno.

Rodrigo Areias

Nasceu em Portugal em 1978. Estudou som e imagem na Universidade Católica Portuguesa e, mais tarde, especializou-se em realização na Tisch School of the Arts da Universidade de Nova York. Produziu e coproduziu trabalhos de cineastas como FJ Ossang, Gabe Klinger, Eduardo Williams, Lois Patiño, Matias Piñeiro, Edgar Pêra, João Canijo, Ana Rocha de Sousa e André Gil Mata, apresentados em festivais como os de Cannes, Berlim, Veneza, Roterdã, Locarno, Clermont-Ferrand e Annecy. Também foi responsável pela produção de cinema do evento Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. Dirigiu, entre outros, os longas-metragens “Tebas” (2007), “Estrada de Palha” (2012), “1960” (2013), “Ornamento e Crime” (2015), “Hálito Azul” (2018), “Surdina” (2019) e “Vencidos da Vida” (2020), todos exibidos na Mostra. Em 2022, Rodrigo Areias integrou o júri da 46ª Mostra. Na 48ª Mostra, o cineasta também exibe “A Pedra Sonha Dar Flor” e “O Pior Homem de Londres”.

Tsai Ming-Liang

Nasceu na Malásia em 1957 e mudou-se para Taiwan em 1977, onde estudou cinema e iniciou a carreira. É um dos cineastas mais importantes do cinema contemporâneo e dirigiu filmes como “Rebeldes do Deus Neon” (1992), “Vive L’Amour” (1994), vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza, “O Rio” (1997, 21ª Mostra), ganhador do Urso de Prata do Festival de Berlim, “O Buraco” (1998), que venceu o prêmio da crítica no Festival de Cannes, “Que Horas São Aí?” (2001, 26ª Mostra), “A Passarela Se Foi” (2002, 27ª Mostra), “Adeus, Dragon Inn” (2003, 27ª Mostra), “O Sabor da Melancia” (2004), “Cães Errantes” (2013), laureado com o grande prêmio do júri em Veneza, e “Dias” (2020, 44ª Mostra), que recebeu uma menção especial do Prêmio Teddy do Festival de Berlim. Dirigiu ainda “Aquário”, segmento integrante do longa “Bem-Vindo a São Paulo” (2004), produzido pela Mostra, e “Visage” (2009), realizado a convite do Museu do Louvre. Nos últimos anos, tem se dedicado também às possibilidades de espaços expositivos de museus e galerias por meio de instalações artísticas.

Walter Salles

Nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Seus primeiros documentários, “Krajcberg, o Poeta dos Vestígios” (1986) e “Socorro Nobre” (1995), ganharam prêmios em diversos festivais. Foi membro do júri internacional da 19ª Mostra, em 1995. Em parceria com Daniela Thomas, dirigiu “Terra Estrangeira” (1995, 29ª Mostra), “O Primeiro Dia” (1999, 23ª Mostra), um segmento de “Paris, Te Amo” (2006, 30ª Mostra) e “Linha de Passe” (2008, 37ª Mostra), vencedor do prêmio de melhor atriz para Sandra Corveloni no Festival de Cannes. Também é diretor de “Central do Brasil” (1998), vencedor do Urso de Ouro e do Urso de Prata de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim e indicado ao Oscar, “Abril Despedaçado” (2001), “Diários de Motocicleta” (2004), “Na Estrada” (2012) e “Jia Zhangke, um Homem de Fenyang” (2014, 38ª Mostra). Na 41ª Mostra, Salles exibiu o curta “Terra Treme”, parte do longa colaborativo “Em que Tempo Vivemos? (2017)”. Em 2020, recebeu o prêmio Fiaf, da Federação Internacional de Arquivos de Filmes, pelo trabalho em prol da memória cinematográfica brasileira.