Diretores

Bárbara Paz

Nasceu no Rio Grande do Sul em 1974. Formou-se pela Escola de Teatro Macunaíma e pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT), coordenado pelo diretor Antunes Filho. Atriz de teatro, cinema e televisão, protagonizou espetáculos como Hell e Vênus em Visom, ambos com direção de Hector Babenco. Também atuou no curta Produto Descartável (2003), pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz em Gramado, e nos longas Se Puder... Dirija (2013), Gata Velha Ainda Mia (2014) e Meu Amigo Hindu (2015, 39ª Mostra). Dirigiu os curtas Making of Meu Amigo Hindu (2015, 39ª Mostra) e Conversa com Ele (2018, 42ª Mostra). eu primeiro longa-metragem como diretora, Babenco - Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, venceu o prêmio de melhor documentário no Festival de Veneza.

Denis Côté

Nasceu em New Brunswick, no Canadá, em 1973. Após estudar cinema, realizou diversos curtas-metragens e trabalhou como crítico. Em 2005, estreou na direção de longas com “Os Estados Nórdicos”, que venceu o Leopardo de Ouro na competição de vídeo do Festival de Locarno. Entre os trabalhos de Côté, estão obras como “Elle Veut le Chaos” (2008) e “Ondulações” (2010, 34ª Mostra), ambos vencedores do prêmio de direção em Locarno; “Vic+Flo Viram um Urso” (2013), ganhador do prêmio Alfred Bauer em Berlim; “Boris sans Béatrice” (2016), “Antologia da Cidade Fantasma” (2019), “Higiene Social” (2021, 45ª Mostra), vencedor do prêmio de melhor direção da seção Encontros do Festival de Berlim, e “That Kind of Summer” (2022, 46ª Mostra).

Felipe Gómez Aparicio

Felipe Gomez Aparicio nasceu em 1977, em Buenos Aires, Argentina. Formou-se em produção cinematográfica no Centro de Pesquisas Cinematográficas (CIC). Dirigiu peças publicitárias para muitas das principais produtoras do mundo, tornando-se rapidamente um dos principais diretores de publicidade de seu país e ganhando o reconhecimento como o 13º diretor mais premiado pelo The Gunn Report, uma lista global abrangente dos principais talentos da publicidade. Seu trabalho recebeu vários prêmios internacionais, incluindo vários Cannes Lions, Clio Awards, Epica Awards, o prêmio El Diente do Círculo criativo argentino, Anúncio do ano no YouTube e o prêmio Martín Fierro, entre outros.

Hoje, Felipe divide seu tempo entre Madri e Buenos Aires, e sua rotina lhe dá o privilégio de filmar em cidades distantes e entre diferentes culturas, formando constantemente laços preciosos e tendo experiências que certamente farão parte das histórias de seus próximos filmes.

O Perfeito David é o seu primeiro longa-metragem. O filme fez sua esteia mundial no Festival de Cinema de Tribeca.

Hector Babenco

Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1946, e naturalizou-se brasileiro em 1970. Dirigiu os filmes: “O Rei da Noite” (1975, 45a Mostra), “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” (1977), ganhador do Prêmio do Público da 1a Mostra e reexibido na 40a Mostra, “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1981, 18a Mostra, 42a Mostra), “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985, 9a Mostra), pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor diretor, “Ironweed” (1987), indicado ao Oscar de melhor ator e melhor atriz, “Brincando nos Campos do Senhor” (1991), “Coração Iluminado” (1996), “Carandiru: O Filme” (2003), “O Passado” (2007, título que abriu a 31a Mostra), “O Homem que Roubou um Pato”, episódio do longa “Falando com Deuses” (2014, 38a Mostra), e “Meu Amigo Hindu” (2015), longa de abertura da 39a Mostra. Ganhou o Prêmio Leon Cakoff na 37a Mostra, em reconhecimento à sua carreira. Morreu aos 70 anos em 2016.

Hong Sang-soo

Nasceu em Seul, Coreia do Sul, em 1960. Em 1996, lançou seu primeiro longa-metragem, “O Dia em que o Porco Caiu no Poço”, premiado como melhor filme no Festival de Roterdã. Entre seus principais trabalhos estão: “A Virgem Desnudada por Seus Celibatários” (2000), “A Mulher É o Futuro do Homem” (2004), “Conto de Cinema’ (2005, 38a Mostra), “Hahaha” (2010), vencedor da seção Um Certo Olhar no Festival de Cannes, “O Dia em que Ele Chegar” (2011, 35ª Mostra), “A Visitante Francesa” (2012), “Filha de Ninguém” (2013), “Certo Agora, Errado Antes” (2015), ganhador do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, e “Você e os Seus” (2016), melhor direção em San Sebastián. Dele, a Mostra ainda exibiu “O Dia Depois” (2017), “Silvestre” e “O Hotel às Margens do Rio”, ambos de 2018, “A Mulher que Fugiu” (2020), prêmio de melhor direção no Festival de Berlim, “Encontros” (2021), prêmio de melhor roteiro no mesmo festival, e “O Filme da Escritora” (2022), vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim.

Karim Aïnouz

Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1966. Graduou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade de Brasília e tem mestrado em teoria e história do cinema pela Universidade de Nova York. Nos anos 2000, colaborou em roteiros de filmes como Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles, Cinema, Aspirina e Urubus (2005, 30ª Mostra), de Marcelo Gomes, e Cidade Baixa (2005, 29ª Mostra), de Sérgio Machado. Estreou na direção de longas em 2002 com Madame Satã, exibido na 26ª Mostra. Realizou ainda O Céu de Suely (2006, 30ª Mostra), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009), em parceria com Marcelo Gomes, O Abismo Prateado (2011), Praia do Futuro (2014), THF: Aeroporto Central (2018, 42ª Mostra) e A Vida Invisível (2019, 43ª Mostra), vencedor da seção Um Certo Olhar no Festival de Cannes.

Mahamat-Saleh Haroun

Nasceu em Abéché, na República do Chade, em 1960. Em 1982, migrou para Paris para começar sua carreira como jornalista e cineasta. Cursou o Conservatoire Libre du Cinéma Français e estudou jornalismo em Bordeaux. Trabalhou como jornalista antes de dirigir seu curta-metragem de estreia, Maral Tanié (1994). Seu primeiro longa, Bye-Bye Africa (1999), venceu o prêmio de melhor filme estreante no Festival de Veneza. Também dirigiu Abouna, Notre Père (2002) e Estação Seca (2006, 31ª Mostra), vencedor do Prêmio Especial do Júri em Veneza. Seu quarto longa-metragem, Um Homem que Grita (2010), recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes. O filme foi exibido na 34ª Mostra, onde o diretor foi homenageado com o Prêmio Humanidade em reconhecimento de sua luta política e estética pelo cinema de seu país, que até o início de 2011 não possuía nenhuma sala de exibição. Graças à pressão e prestígio do diretor, o governo do Chade restaurou o Normandie, um antigo cinema em ruínas reinaugurado na capital N’Djamena. Haroun também foi membro do Júri Internacional da 35a Mostra. Realizou ainda Grigris (2013, 37ª Mostra) e Uma Temporada na França (2017).

Marco Bellocchio

Nasceu na província de Piacenza, na Itália, em 1939. Teve educação católica na adolescência e, no final da década de 1950, ingressou no Centro Sperimentale di Cinematografia, em Roma. Em 1965, dirige seu primeiro longa-metragem, De Punhos Cerrados, aclamado pelos críticos. Dirigiu também A China Está Perto (1967), Salto no Vazio (1980), Olhos na Boca (1982), Diabo no Corpo (1986), O Processo do Desejo (1991), Bom Dia, Noite (2003), Vincere (2009, 33ª Mostra), Irmãs Jamais (2010, 35ª Mostra) e A Bela que Dorme (2012, Prêmio da Crítica da 36ª Mostra). Na 40ª Mostra, em 2016, apresentou os filmes mais significativos de sua trajetória, assinou o cartaz da edição e recebeu o prêmio Leon Cakoff. A seguir, assinou a direção de Sangue do Meu Sangue (2015), Belos Sonhos (2016) e O Traidor (2019).

Pedro Almodóvar

Cineasta espanhol mais importante desde Buñuel, Pedro Almodóvar nasceu na cidade de Calzada de Calatrava em 1949. Assinou a arte do pôster da 38ª Mostra, edição do evento que realizou uma homenagem ao diretor com uma retrospectiva de seus filmes. Entre suas principais obras estão Maus Hábitos (1983); Que Fiz Eu para Merecer Isto? (1984); Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), premiado como melhor roteiro no Festival de Veneza; A Lei do Desejo (1987); Ata-me (1989); A Flor do Meu Segredo (1995); Tudo sobre Minha Mãe (1999), vencedor do prêmio de direção no Festival de Cannes e do Oscar de melhor filme em língua estrangeira; Fale com Ela (2002), pelo qual recebeu o Oscar de roteiro original; Volver (2006), melhor roteiro em Cannes; A Pele que Habito (2011) e Dor e Glória (2019). 

Walter Salles

Nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Estreou na direção de longas-metragens com A Grande Arte (1991, 15ª Mostra). Foi membro do Júri Internacional da 19ª Mostra, em 1995. Em parceria com Daniela Thomas, dirigiu Terra Estrangeira (1995, 29ª Mostra), O Primeiro Dia (1999, 23ª Mostra), um segmento de Paris, Te Amo (2006, 30ª Mostra) e Linha de Passe (2008, 37ª Mostra). Também é diretor de Central do Brasil (1998), vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2004), Na Estrada (2012) e Jia Zhangke, um Homem de Fenyang (2014, 38ª Mostra). Na 41ª Mostra, Salles exibiu o curta Terra Treme, parte do longa colaborativo Em que Tempo Vivemos? (2017). Produziu, entre outros, Madame Satã (2002), O Céu de Suely (2006) e Habi, a Estrangeira (2013), todos exibidos na Mostra.