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Nosferatu (1922)

Sobre o filme

EXIBIÇÃO AO AR LIVRE NO PARQUE IBIRAPUERA COM ACOMPANHAMENTO MUSICAL DA ORQUESTRA PETROBRAS SINFONICA E DE CORAL, REGIDOS POR PIERRE OSER PIERRE OSER, compositor e maestro convidado É compositor, músico e maestro em Munique, na Alemanha. Formou-se na Jazz School Munich e estudou piano clássico em Mainz e Munique, dando continuidade a seus estudos no Richard Strauss Conservatoire Munich. Trabalhou no Schauspielhaus Wien (Teatro de Viena) e no Bayerische Staatsschauspiel München (Teatro do Estado da Bavária em Munique). Compôs trilhas para a TV, peças radiofônicas e teatrais, e para o cinema. Criou novas partituras para clássicos como Michael (1924), de Carl Theodor Dreyer, Aurora (1927), de F. W. Murnau, e A Morte Cansada (1921), de Fritz Lang. A música para Nosferatu apresentada durante a 36ª Mostra é a segunda versão de Pierre para o clássico – a primeira foi criada em 2000 –, e foi composta em 2012 em homenagem ao centenário da morte de Bram Stoker (1847 - 1912), autor de Drácula, romance no qual o filme foi inspirado. Essa será a segunda apresentação da trilha original no mundo, composta para coral, percussão e orquestra de cordas, que teve sua première em Jacarta, na Indonésia. Orquestra Petrobras Sinfônica Criada em 1972 pelo maestro Armando Prazeres e patrocinada há 25 anos pela Petrobras, a Orquestra Petrobras Sinfônica se caracteriza pela luta em prol da democratização do acesso à música clássica. Regida e dirigida pelo consagrado maestro Isaac Karabtchevsky, a orquestra é hoje formada por 80 instrumentistas, e é a única do país gerida pelos próprios músicos, seguindo o modelo da Filarmônica de Viena. Em seu currículo, reúne apresentações regulares em temporadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Criou a série Metrônomo, na qual oferece concertos didáticos em escolas e projetos sociais. LOGO EUROPAISCHE PHILHARMONIE A 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo comemora o 90º aniversário de Nosferatu (1922), clássico mudo dirigido por F.W. Murnau, com projeção ao ar livre de cópia restaurada do filme no Parque Ibirapuera. A exibição dessa obra-chave do cinema expressionista alemão será acompanhada por trilha composta por Pierre Oser, maestro que vem a São Paulo para reger a Orquestra Petrobras Sinfônica e coro em execução ao vivo de sua partitura. Apesar de não autorizada, Nosferatu é a primeira adaptação do romance Drácula, de Bram Stoker, para o cinema. Murnau ignorou a negativa da viúva do escritor irlandês, Florence, de lhe conceder os direitos da obra, e prosseguiu com o projeto do filme, mudando o nome dos personagens. O agente imobiliário Hutter viaja até os Cárpatos para visitar um novo cliente, o excêntrico Conde Orlok. Aos poucos, ele descobre que Orlok é um vampiro. Antes que Hutter o impeça, Orlok consegue se mudar para Winsborg, onde Hutter mora com sua esposa Ellen. O vampiro espalha praga e morte pelo povoado até Ellen notar que ele sente uma forte atração por ela. Ao contrário de outros vampiros, Orlok tem sombra – como se vê na cena incansavelmente reproduzida em que o conde sobe as escadas para possuir Ellen. Sombras e contrastes fortes, além da aposta em locações naturais – em oposição a outros clássicos do expressionismo alemão, como Metrópolis (1927, 34ª Mostra) – são características que posteriormente influenciaram gêneros como o horror e os filmes noir. Sobre a cópia A restauração da cópia que vem a São Paulo foi realizada entre 2005 e 2006 por Luciano Berriatúa para a Fundação Friedrich-Wilhelm-Murnau. O processo tem como base uma cópia de 1922, com os intertítulos e coloração original – a única que restou da época de seu surgimento, hoje arquivada na Cinemateca Francesa em Paris. O processo de restauração digital possibilitou a manutenção dos intertítulos originais, o que os diferencia das versões anteriores do filme, nas quais estes foram refeitos. O cuidado a recuperação da obra ainda inclui a eliminação de riscos, rasgos e arranhões, assim como o balanceamento de luz e densidade, trabalho feito manualmente, quadro por quadro, imagem por imagem.

Título original: Nosferatu, Eine Symphonie Des Grauens

Ano: 1922

Classificação: Livre

Duração: 94 min

Cor: PB

Direção: FRIEDRICH WILHELM MURNAU

Roteiro: Henrik Galeen

Fotografia: Fritz Arno Wagner

Elenco: Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder

Produtor: Enrico Dieckmann, Albin Grau

Produção: Prana Film

Música: Pierre Oser